Eu queria
que não fosse assim
Acho que
você também não
É que certas
coisas acontecem
Porque
acontecem de acontecer
Mesmo não
querendo, gosto que sejam assim
É que assim
sendo vou sendo como são as coisas
Ou seja,
sendo o que se é do que está sendo
Uma coisa
tipo reflexo,
Não é dar um
beijo, é duas imagens e beijo acontecendo
Não é dar
amor, é dois sentimentos e amor acontecendo
Não é fazer,
é tudo sendo sem que saibamos o que ser
É mais que
simples reflexo
É
interpenetração de um no outro
Pois apesar
das coisas acontecerem de acontecer sem nossa decisão
Então, as
coisas vão acontecendo de sentir, de querer, de agigantar
Alguns
acontecerem são por aversão histórica, não deixo aproximar
Não! Não!
Não vai me beirar a vaidade, a arrogância, a covardia,
Não vai me acercar
o desdém, o esnobar e o fingir que não quero
Também não
quero nenhum desejo de império, escravizar, ser dono.
Mas o que há
de bom de acontecer, mais que aproximar deve vir se fundir
Eis, ato de
um ser desnudado que se reconhece impotente dos acontecimentos
Pessoa que
se é sendo diante do que acontece acontecendo como são as coisas
O amor
existe em reflexo interpenetrado acontecendo sem darmos conta
Agora,
apenas pegar uns versos emprestados dos dramas de Gonzaguinha:
“...Se me der um beijo eu gosto, se me der
um tapa eu brigo... “
É hora de me
sonhar enroscado, embaralhado, misturado, em você,
Deixando
coisas acontecer, acontecendo... tipo não sei quê, querendo
E depois de
tanto dizer coisas que são significam nada, a pergunta:
“- Foi bom para
você?
Tudo é bom para mim, menos quando você vai
embora e nada mais acontece.
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